O roadshow da ABSOLAR terminou a temporada 2023 com o ABSOLAR Meeting Sul! O evento proporcionou momentos de palestras, encontros entre parceiros e clientes e, claro, muito networking.
Confira a cobertura especial que preparamos para você.
A Cerimônia de Abertura do evento contou com a presença de autoridades e representantes da administração pública que compartilharam perspectivas sobre o setor solar fotovoltaico, com foco em números e dados significativos. O evento também incluiu apresentações e discursos que enfatizaram a importância dessa fonte de energia no Brasil e na região Sul.
Ronaldo Koloszuk, Presidente da ABSOLAR, abriu o evento destacando a relevância das discussões e a riqueza de informações oferecidas aos participantes. Ele reconheceu que o último ano foi desafiador para o mercado de energia solar, mas ressaltou a importância de trocar ideias e aprender com a experiência de outros países. Koloszuk apontou a Austrália como um exemplo de sucesso a seguir, com uma participação de energia solar muito mais significativa do que a do Brasil, indicando que o país está nos estágios iniciais de desenvolvimento nesse setor. O Presidente da ABSOLAR enfatizou que a energia solar é um investimento promissor e destacou a necessidade de flexibilidade para se adaptar às condições atuais.
Mara Schwengber, Coordenadora Estadual da ABSOLAR no Rio Grande do Sul, destacou o terceiro lugar do estado no ranking de geração distribuída no Brasil. Ela agradeceu o trabalho conjunto com o governo estadual e reguladores, que resultaram em conquistas para o setor. Schwengber expressou a resiliência do povo gaúcho e observou que cerca de 7% das unidades consumidoras do estado já se beneficiam da energia solar fotovoltaica.
Thiago Cardoso, Gerente Comercial do Meu Financiamento Solar, parabenizou a resiliência do setor em um ano desafiador. Informou que houve aumento na procura por linhas de crédito e financiamento de sistemas de geração de energia solar, indicando um interesse contínuo do mercado.
Eberson Silveira, Assessor do Departamento de Energia da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS, enfatizou a importância da energia solar para a economia do estado. Destacou o crescimento constante do setor e mencionou a importância dos incentivos fiscais, isenções de licenciamento ambiental e ICMS para projetos solares. Silveira também ressaltou a importância dos atlas de potenciais das fontes renováveis disponíveis no estado e o papel dos subcomitês do Comitê de Planejamento Energético do Estado (COPERGS) na promoção do setor solar.
Na apresentação de abertura, Carlos Dornellas, Diretor Técnico Regulatório da ABSOLAR, compartilhou dados significativos sobre a energia solar fotovoltaica no Brasil e na região Sul. Ele enfatizou que a energia solar é a fonte renovável que mais gera empregos no mundo. Dornellas destacou ainda que o Brasil ocupa a quarta posição em capacidade instalada anual de energia solar fotovoltaica e o décimo lugar em capacidade acumulada. Ele abordou questões relacionadas à tributação, armazenamento de energia e deu recomendações para o desenvolvimento do setor, como programas estaduais de incentivo, educação, financiamento e infraestrutura.
Ao final da Cerimônia de Abertura, destacou-se que o evento seria uma oportunidade valiosa para debater o presente e o futuro da energia solar no Brasil, destacando seu impacto econômico, sua importância na matriz energética e suas perspectivas promissoras.
O primeiro painel foi aberto pela Coordenadora Estadual da ABSOLAR no Rio Grande do Sul, Mara Schwengber, que contextualizou o estágio atual do mercado de geração de energia solar fotovoltaica na região Sul do País, destacando a sua expansão, que superou as projeções realizadas para este ano. Mara ressaltou ainda quão privilegiado é o Brasil em termos de incidência de radiação solar e as diversas formas de aplicação da fonte, com muitas oportunidades de crescimento, principalmente na autoprodução de energia. Ao final, Mara indicou a Ouvidoria da ABSOLAR como um canal de interlocução para que as empresas reportem problemas que têm enfrentado, que são encaminhados mensalmente para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O primeiro painelista, Zelmute Marten, Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Mini e Microgeração Distribuída de Energias Renováveis da Assembleia Legislativa do RS, apresentou uma agenda de trabalho para que a transição energética se consolide como vetor de desenvolvimento econômico e social no Brasil. A ideia é que a agenda se alinhe com o Plano de Transição Ecológica do Governo Nacional, o PAC e os recursos da FINEP e atração de recursos nacionais e internacionais. Ao final, convidou a todos para as reuniões de trabalho na ALRS que serão realizadas para corrigir os problemas da regulamentação da geração distribuída no RS.
O CEO da Avant Solar, Max Riffel, tratou da geração de renda a partir da locação de sistemas solares fotovoltaicos, demonstrando que esses investimentos possuem baixo risco e boa previsibilidade de fluxo de caixa, com rentabilidade acima da média, quando comparados a outros tipos de investimentos. Max destacou a importância de ter atenção aos contratos do mercado, solidez das contrapartes, garantias de fidelidade da plataforma utilizada para gestão dos sistemas.
O último painelista, Frederico Boschin, Diretor Executivo da Noale Energia, falou sobre a importância da energia solar no Brasil e no mundo, salientando o crescimento considerável da fonte no país e o potencial de crescimento para os próximos anos. Abordou ainda as necessidades de aprimoramentos regulatórios para acomodar essa nova tendência de crescimento no arcabouço regulatório existente, ou ainda na criação de normativos adequados.
No encerramento do painel, os participantes deixaram a mensagem final de que há necessidade de aprimoramentos regulatórios, mas também um enorme espaço e oportunidades para novos negócios no mercado.
O segundo painel, que teve como foco os drivers para o sucesso no desenvolvimento de negócios com energia solar fotovoltaica, foi moderado pelo Diretor Técnico Regulatório da ABSOLAR, Carlos Dornellas. Em sua fala, Dornellas mencionou a grande aceitação da energia solar no mercado brasileiro, abordou os benefícios da geração distribuída e enfatizou a importância da simplificação do financiamento para que a energia solar tenha sucesso. Ele destacou a vantagem do Brasil em relação aos países da Europa no que tange a irradiação solar e potencial de geração de energia solar fotovoltaica. Apresentando os grandes números do setor, destacou o notável crescimento recorde da capacidade instalada na geração distribuída entre os anos de 2021 e 2022. Além destes pontos, Dornellas também citou a relevância da geração de energia solar fotovoltaica no agronegócio e explanou sobre o propósito e foco da programa de certificação da ABSOLAR.
O Diretor Executivo da RH renováveis, Pedro Drummond, abordou os principais problemas do mercado em relação a gestão de pessoas devido à dificuldade em encontrar bons profissionais e ao alto turnover. Destacou a importância de se trabalhar a retenção, engajamento e planejamento estratégico para solucionar estes problemas. Ele ressalta que estas falhas ocorrem devido ao sistema de contratação nas empresas que prioriza as hard skills em detrimento das soft skills.
O painelista Thiago Cardoso, Gerente Comercial do Meu Financiamento Solar, descreveu o cenário do mercado de energia na região Sul, apresentando o panorama dos estados da região, através de dados dos sistemas. Apontou que existem gargalos para que os consumidores consigam crédito, devido à inadimplência. Em contraste, citou que, mesmo em um cenário desafiador, o setor solar se mostra forte e ressalta boas práticas para garantir um maior número de aprovações e ressalta a importância da atenção no momento da submissão de propostas.
Glauco Santos, Diretor de Energia Solar da Elgin, apresentou um compilado das dores das empresas nas quatro macrorregiões do país e destacou quatro pilares importantes para potencializar o negócio das empresas: percepção, benefícios, experiência e lembrança. Ele indica que o desafio principal é sair do plano da estratégia e conquistar credibilidade, para melhorar a visão dos clientes em relação à empresa. Como dor latente da parte dos clientes, ele apontou os prazos de entrega e qualidade de instalação, indicando as soluções para fidelizar clientes e reconstruir a proposta de valor no dia a dia.
Andrei Getnerski, Analista de vendas da WEG, apresentou os principais pontos para a geração do valor de marca no mercado solar. Como ponto principal, ele destacou a importância de fazer parcerias sólidas com integradores, fabricantes e agentes financiadores. Andrei descreveu a evolução do mercado e explicou o motivo de os níveis de inadimplência terem sido tão baixos no ano passado. Ele também destacou a importância da escolha correta de um público-alvo através da análise estrutural.
Guilherme Peterlini, Vice-gerente de Serviços da Growatt, apresentou soluções inovadoras em relação ao armazenamento de energia e trouxe exemplos de aplicações para o mercado rural. Ele destacou o impacto da ausência de energia neste setor rural e descreveu as fragilidades desses ambientes rurais em relação à queda de energia.
O terceiro painel, que teve como foco a inovação em modelos de negócios e abertura de novos mercados para a solar fotovoltaica, foi moderado pela Vice-Presidente de Geração Distribuída da ABSOLAR, Bárbara Rubim. Em sua fala, ela ressaltou as oportunidades que a solar fotovoltaica, a fonte com preços mais competitivos de mercado, pode ter com a abertura do mercado livre, que hoje representa 34% do consumo de energia do País. A partir de 2024, todos os consumidores do Grupo A irão poder escolher de quem irão comprar energia elétrica, diminuindo a dependência das distribuidoras.
O primeiro painelista, Giordano Araújo, Gerente de Engenharia da Íntegra Energia, relembrou o histórico de abertura do mercado livre e as dificuldades que foram enfrentadas até o modelo ser consolidado. Com isso, reforçou a importância da gestão dos contratos, que podem maximizar ganhos financeiros, por meio da análise de parâmetros como o consumo da unidade e a quantidade a ser contratada de energia para cobertura deste montante.
O COO da Ecom Energia, Felipe Sapucahy, apresentou as oportunidades do mercado livre para os portfólios das empresas integradoras de energia solar e seus benefícios. A possiblidade de se negociar os preços de contratos e escolher o fornecedor de quem comprar sua energia pode ser um grande atrativo aos consumidores.
Alexandre Becker, Especialista em Autoprodução de Energia da Ludfor Energia, abordou o amplo leque de opções para os clientes no mercado livre. Reforçou que os clientes varejistas serão a nova cara do ACL, e não somente os eletrointensivos.
Por último, Aline Pan, Professora da UFRS, destacou que o Brasil precisa melhorar sua eficiência energética, através de programas, como, por exemplo, através do desenvolvimento de construções e indústrias mais eficientes. Com isso, reforça que a segurança energética é uma tendência mundial e que deve ser seguida pelo nosso país.
No encerramento do evento, Carlos Dornellas, Diretor Técnico Regulatório da ABSOLAR, expressou sua satisfação com a harmonia dos temas abordados durante o dia e como eles se relacionaram entre si. Em particular, ele ressaltou o painel liderado por Mara Schwengber, que trouxe uma visão intrigante sobre os desafios enfrentados no setor de energia solar. Esse painel gerou diversas ideias inovadoras e deixou evidente que o ambiente regulatório precisa ser aprimorado para favorecer o crescimento do setor.
Dornellas também destacou a diversidade de tópicos abordados no segundo painel, que se complementaram e inspiraram os empresários que enfrentam desafios no cenário atual. Por fim, o terceiro painel, dedicado ao mercado livre de energia, foi enfatizado como uma opção adicional, não uma ameaça à geração distribuída. A mensagem final é que ficou claro que as oportunidades já existem, especialmente para os consumidores no mercado livre, mas é essencial gerenciar os riscos dentro desse ambiente.
Mara Schwengber, Coordenadora Estadual da ABSOLAR no Rio Grande do Sul, ressaltou a importância da colaboração e da combinação das habilidades de todos os participantes para o sucesso do evento.
O evento encerrou-se de maneira positiva, com uma troca produtiva de ideias e informações que certamente contribuirão para o avanço desse importante setor no Brasil e na região.