Confira abaixo o resumo que a área técnica da ABSOLAR fez de cada painel do ENCONTRO NACIONAL, evento realizado em São Paulo (SP) nos dias 11 e 12 de dezembro.
O ENCONTRO NACIONAL ABSOLAR 2024 foi um evento fundamental para destacar a importância da energia solar fotovoltaica no Brasil e suas perspectivas de mercado.
Na abertura do evento, Ronaldo Koloszuk, Presidente da ABSOLAR, iniciou agradecendo a participação de todos os presentes no evento e comentou sobre a manifestação da ABSOLAR protocolada no MDIC contrária à elevação dos impostos de importação para módulos fotovoltaicos. Além disso, enfatizou sobre o avanço das novas tecnologias, como armazenamento, H2V e data centers.
Na sequência, Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, iniciou cumprimentando a todos e agradeceu aos participantes e associados. Informou que esse evento terá muita informação relevante e oportunidades de networking. Em sua fala, apresentou projeções da energia solar fotovoltaica para 2025 com 64.740 MW acumulados, com cerca de 13 GW adicionados.
Alice Vieira, Gerente de Operações do Meu Financiamento Solar, comentou brevemente sobre as oportunidades de financiamento, que permitem o acesso aos sistemas de energia solar fotovoltaica para todos.
João Hélio Cavalcanti, Diretor Técnico do SEBRAE Rio Grande do Norte, iniciou agradecendo e falando sobre o desenvolvimento da solar FV no RN.
Rodrigo Sauaia, Ronaldo Koloszuk, João Hélio Cavalcanti e Lorena Roosevelt, gestora do Polo Sebrae de Energias Renováveis, fizeram a assinatura do acordo de cooperação técnica ABSOLAR, SEBRAE Nacional e SEBRAE RN através do Polo de referências em Energias Renováveis.
Iuri Pitta, jornalista, âncora da CNN Brasil, analista político e especialista em relações governamentais, comentou sobre a vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA, e como a IA e a energia limpa afetam a disputa entre EUA e China. “É importante proteger o planeta e suprir a demanda de energia elétrica da era da inteligência. O Brasil tem a energia elétrica mais limpa do G20, investimentos de R$ 23 bilhões em IA e EUA e China são os principais parceiros.”
Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, iniciou agradecendo a todos os presentes e fez uma apresentação, onde falou sobre todos os pontos políticos e macroeconômicos relevantes para 2025 como o marco legal do H2V, SBCE, PNTE, reforma tributária, viabilidade e custos, modernização do setor, REBE e a participação do Brasil na presidência do BRICS e como sede da COP 30. Sobre fatores setoriais, está também no radar, a ampliação do ACL, leilões, regulamentação do armazenamento, debêntures Incentivadas, REIDI, constrained-off, MP 1.212/2024 e o Programa Luz para Todos.
Tatiana Berringer, coordenadora-geral de estrutura produtiva do Ministério da Fazenda, comentou sobre o Plano de Transformação Ecológica, que promoverá a transição energética de forma sustentável, gerando empregos e justiça social.
Rodrigo Almeida, sócio e consultor sênior em Relações Governamentais da BMJ Consultores Associados, mencionou que é importante verificar quem são os principais atores políticos do setor e fazer essa interlocução. Sobre o cenário nacional, foi comentado sobre a agenda verde com a aprovação do mercado de carbono e temas como PATEN e eólicas offshore tendem a avançar no Senado. Já para 2025, Rodrigo destacou que a COP 30 em Belém será a vitrine de sustentabilidade.
Natália Castilhos Rypl, Líder de Pesquisas – América do Sul da Bloomberg, projeta que, em 2035, a fonte solar fotovoltaica chegará a 28% da matriz elétrica brasileira. Globalmente, segundo a Natália, os preços dos módulos fotovoltaicos irão reduzir muito, tendo em vista a baixa demanda. Com relação às baterias de larga escala, foi projetado um crescimento em todo o mundo, inclusive no Brasil, tendo em vista o aumento do constrained-off. Sobre os preços dos BESS, está prevista uma queda nos preços, uma vez que há supercapacidade das plantas que fabricam as baterias. No cenário de H2V, o Brasil deve receber U$ 3 bi em investimento para incentivar a tecnologia, o que ainda é baixo. Em sua visão, o maior gargalo é a falta de demanda.
Na ‘’Sessão 1B: Energia solar e sociedade – cases de sucesso e oportunidades’’, Eduardo Ávila, Vice Coordenador da Força-Tarefa (FT) Social da ABSOLAR, abordou o objetivo da FT de combater a pobreza energética, destacando que a luz e gás consomem mais da metade da renda de 46% dos brasileiros. Em meio às mudanças climáticas, ressaltou a crescente importância da independência energética.
Waldemar Neto, Supervisor da Engenharia de Aplicação da Intelbras, apresentou o programa “Mais Luz para a Amazônia” e destacou a atuação da empresa, que atendeu 3768 unidades entre 2022 e 2023. Segundo ele, os desafios enfrentados no ano de 2023 incluem logística complicada, emissão de licenças, gestão social com a comunidade local e serviços de O&M.
Graziela Albuquerque, Coordenadora de Relações Institucionais e Governamentais da Revolusolar, discutiu sobre os projetos pilotos de Geração Distribuída de Interesse Social (GDIS), que são baseados na compreensão da energia como um vetor de desenvolvimento urbano. Ela demonstrou a metodologia ciclo solar, abordando energia sustentável, educação, cultura e formação profissional.
Já Allan Pimentel, Coordenador de Operações e Tecnologia do Litro de Luz, abordou a atuação da ONG e a necessidade de democratizar o acesso à energia solar, destacando a vasta experiência do Litro na instalação de postes solares, lampiões solares e soluções internas fixas.
Zilda Costa, Diretora de Desenvolvimento de Negócios de Armazenamento da UCB, apresentou projetos de minirredes com armazenamento de energia solar, com destaque para a importância de dimensionar os sistemas considerando os desejos de consumo das pessoas após o acesso à energia elétrica. Ela também mencionou que as baterias também estão sendo levadas para favelas urbanas com precariedade no abastecimento (projeto UCB + Revolusolar).
Ronaldo Koloszuk, presidente da ABSOLAR, iniciou o painel 2 agradecendo aos palestrantes e patrocinadores.
Camila Ramos, CEO da CELA, falou sobre o cenário brasileiro da fonte solar fotovoltaica e suas perspectivas. Mencionou as metas de descarbonização e caminhos do futuro, para garantir que o limite de aumento de temperatura do Acordo de Paris não seja excedido e enfatizou que os esforços rumo ao Net Zero precisam ser reforçados. Destacou que a maior demanda de energia que está por vir é a eletrificação.
Felipe Smith, Diretor Executivo de Produtos Pessoa Jurídica da Tokio Marine, apresentou as soluções de seguro para cadeia de energia renovável. Mencionou sobre os riscos do projeto como a concorrência, garantia, transporte, risco de engenharia e operação e manutenção. Logo, destacou a importância de ter um seguro em um projeto de energia solar fotovoltaica.
Sergio Lucas, Diretor da Belenergy, comentou brevemente que a energia solar fotovoltaica e baterias estão relacionadas e tendem a crescer muito. Além disso, enfatizou a tendência de redução do custo das baterias. Destacou que a otimização da rede é essencial.
Carlos Guerra, Vice-Presidente da Elera, destacou que a energia solar fotovoltaica apresenta menor variação de geração em comparação às outras fontes renováveis, garantindo uma melhor entrega. Enfatizou que o mais importante de um projeto é a conexão, pois mitiga diversos riscos. Além disso, comentou que a fonte solar fotovoltaica está ajudando a reduzir as volatilidades dos preços do PLD, visto que reduz a dependência das usinas hidrelétricas na matriz Citou ainda a capacidade das soluções de armazenamento de energia elétrica para mitigação do constrained-off, pois tem a capacidade de armazenar a energia fora ponta e despachar na ponta, que consequentemente mitiga o aumento do PLD.
Nelson Falcão, Vice-Presidente de Cadeia Produtiva da ABSOLAR, introduziu o painel apresentando o tema de avanços da cadeia produtiva no abastecimento do mercado solar no Brasil. Falcão mencionou as consequências negativas do aumento do imposto de importação para módulos fotovoltaicos e a importância de se garantir a qualidade dos módulos e adensar a cadeia produtiva nacional, pois a importação no setor solar não será uma medida de longo prazo para o país.
Bianca Madsen, sócia da Seguros Lugano, apresentou exemplos de danos que podem ocorrer em módulos fotovoltaicos e que são cobertos pela Seguros Lugano, como chuva de granizo, vendavais e alagamentos, além de queimadas em zonas rurais e descargas atmosféricas. Acrescentou que os seguros oferecidos variam por tipo de risco, como transporte, engenharia, garantia e seguro patrimonial durante a operação.
Victor Soares, gerente técnico da JA Solar, tratou sobre a mitigação de riscos a plantas solares fotovoltaicas no cenário de mudanças climáticas e mencionou os testes realizados pela JA Solar em módulos fotovoltaicos para que os sistemas estejam preparados para suportar as mudanças climáticas e intempéries como chuvas intensas, descargas atmosféricas, e alagamentos através de testes de cargas estática e dinâmica. Ele destacou, também, a importância de avaliação da espessura e qualidade do vidro temperado utilizado na fabricação do módulo fotovoltaico.
Lucas Kauer, gerente de engenharia da Nextracker, explicou sobre os riscos de falha em rastreadores. Ele mencionou que, no Brasil, ainda não existe norma para dimensionamento de estruturas de rastreadores e comentou sobre a solução de proteção contra granizo para proteger usinas solares.
Cristiano Piroli, diretor de vendas da Canadian Solar, disse não acreditar que eventos climáticos, em consequência ao aquecimento global, cessarão por ora. Afirmou que o número de consumidores e o nível de consumo de energia irá aumentar 3% ao ano até 2034, abordando a questão do armazenamento de energia como uma solução rápida para mitigar os efeitos climáticos em relação a quedas e falhas de entrega de energia. Ao final, apresentou um sistema híbrido residencial, desenvolvido pela Canadian, que possui autonomia de até 8 dias, que pode ser retroalimentado através de um gerador portátil.
Daniel Pansarella, Conselheiro e Coordenador do GT de Logística e Tributação da ABSOLAR, introduziu o cenário atual de tributação do setor solar brasileiro, com apenas 13 ex-tarifários vigentes e recente aumento de 25% na alíquota de imposto de importação para módulos fotovoltaicos, e que a cota vigente até dia 30/06/2025 de R$ 1,013 bilhão é insuficiente. Ressaltou a atuação da ABSOLAR no tema, que é prioritário. No tema armazenamento, tratou da sua importância como uma solução para mitigar impactos sentidos nos projetos, auxiliando os sistemas de transmissão e distribuição.
Rubens Brandir, fundador e CEO do Grupo Energia, iniciou sua apresentação destacando que o setor de armazenamento ainda está muito atrasado, pois a regulação ainda não é clara, e mencionou o leilão de reserva de capacidade que ocorrerá em 2025 como um ponto positivo. Apresentou ainda os preços nos leilões de fotovoltaica como sendo decrescentes.
Márcio Takata, diretor da Greener, disse que estamos vivendo uma mudança importante, que é a ampliação de fontes renováveis na matriz brasileira. Mencionou que a insegurança jurídica do setor trouxe elevação de seis meses no prazo total do payback, elevação do custo de financiamento, 8% de elevação no Capex e previsão de redução de volume de produção de energia solar em 2025, contrapondo o crescimento acelerado no primeiro semestre, devido às cotas.
Rudimar Woberto, diretor executivo da Arandu Serviços, comentou sobre a versatilidade das tecnologias de inversores e abordou o histórico da energia solar no Brasil, iniciando com a Prodeem em 1995, tomando volume a partir de 2013. Apresentou ainda alguns dados para inversores e o crescimento esperado até 2030.
Ramon Gomes, diretor Regional da Valmont, explicou sobre o funcionamento dos trackers, cujas motivações para melhoramentos e garantia de qualidade são a corrosão, utilização de material mal dimensionado e controle de qualidade pobre.
Harry Schmelzer Neto, Diretor de Negócios Solar & Building da Weg, apresentou soluções de inversores híbridos com bateria e mencionou uma elevação de 7% a 8% do CAPEX para usinas de GC devido ao aumento do imposto de importação para módulos fotovoltaicos, frisando que essa iniciativa não contribui para uma ampliação da produção local.
O painel foi iniciado pela Camila Ramos, Vice-Presidente de Investimentos e H2V da ABSOLAR, apresentando como se preparar para atender o crescimento da demanda por renováveis de novos setores da economia. A VP destacou o crescimento da IA como motivador para a elevação da demanda de Data Centers. A demanda global das IA’s passará de 460 TWh/ano para mais de 1.000 TWh/ano.
Marcelo Taulois, Deputy CEO e CDO da CEEC Brasil, trouxe uma perspectiva sobre o desafio global de descarbonização, evidenciando o papel do hidrogênio verde para a sociedade, abordando o entendimento de que o caminho para sair do hidrogênio cinza até o verde possui questões regulatórias, e é necessário trabalhar em demandas para o setor.
O Sócio e Head da Lefosse Advocacia, Raphael Gomes, apresentou ao público uma abordagem sobre os Data Centers no Brasil, trazendo um entendimento sobre preço e transmissão da energia. De acordo com Raphael, é possível e viável alinhar a demanda com a autoprodução de energia, e noticiando casos de empreendedores de que estão fora do país, mas que desejam consumir energia brasileira.
O Coordenador Estadual do Ceará da ABSOLAR, Jonas Backer, destacou a dependência de fósseis no Norte do Brasil e o quanto a Amazônia é dependente da utilização óleo diesel para geração de energia. Jonas foi preciso ao dizer que as necessidades do planeta estão se conectando, e que o ritmo de crescimento da produção de hidrogênio renovável no Brasil dependerá do ritmo de substituição do atual consumo de H2 de fonte fóssil.
Finalizando as apresentações do painel, Alice Vieira, Gerente de Operações do Meu Financiamento Solar, trouxe dados dos estados que mais efetuaram financiamento em 2024, sendo 51% das vendas realizadas através de financiamento. Alice destacou que, com a queda de preço dos equipamentos fotovoltaicos, houve muitos projetos sendo financiados pela classe C, e com mesmo com a redução de preço, houve queda nos financiamentos devido à alta dos juros.
A abertura do painel foi feita pelo Coordenador da Força Tarefa Social da ABSOLAR, Michel Sednaoui, destacando a importância da eficiência energética para o meio ambiente e do programa Luz para Todos, criado pelo governo para eletrificação de áreas remotas com tarifas subsidiadas. Michel informou que, em 2002, foi criada a Tarifa Social de Energia Elétrica (TFSEE), visando também famílias de baixa renda, com o objetivo de pagar suas faturas com um preço monetário fixo e baixo.
Wellington Souza, Presidente da ONG Alimento Solar, apresentou a organização em um panorama detalhado. O foco do Alimento Solar é na sustentabilidade e no apoio à transição energética, utilizando a tecnologia fotovoltaica para combater desigualdades e fomentar o desenvolvimento sustentável que melhorem a qualidade de vida de comunidades vulneráveis.
A Superintendente Adjunta de Meio Ambiente da EPE, Glauce Botelho, tratou o papel da EPE para a sociedade e trouxe alguns estudos envolvendo a empresa com visão integrado no setor energético. Foi abordada por Glauce uma pesquisa do histórico da agenda de pobreza energética feito pela EPE e do conceito de pobreza extrema.
Eduardo Ávila, Vice-Coordenador da FT Social da ABSOLAR, informou que 90% da população brasileira faz parte das classes C, D e E, e estão sentindo o impacto da alta tarifa da energia solar fotovoltaica e que a pobreza energética ainda é uma dura realidade para a maioria dos brasileiros. Como exemplo, é possível notar nos apagões que ocorrem ao longo do ano. Eduardo destacou que contas de luz e gás consomem mais da metade da renda de 46% dos brasileiros, e na perspectiva de qualidade, há indicadores evidenciando que o fornecimento de energia são piores em regiões de menor renda.
Finalizando as apresentações do painel, Karina Souza, Diretora de Transição Energética do Ministério de Minas e Energia, demonstrou as necessidades da transição energética justa e inclusiva, com evidências de pobreza energética em situações em que domicílios ou comunidades não têm acesso a uma cesta básica de serviços energéticos. A diretora informou que políticas públicas podem atuar na pobreza energética, e um exemplo disso são famílias na Amazônia, enfrentam dificuldades no abastecimento de combustível fóssil, que leva até 10 dias para chegar até as comunidades para geradores diesel.
Bruno Catta Preta, Coordenador Estadual de Minas Gerais da ABSOLAR, destacou a importância de uma logística eficiente no transporte de equipamentos fotovoltaicos, ressaltando a necessidade de evitar danos aos produtos. Ele também mencionou projetos de lei estaduais e federais sobre logística reversa, nos quais a ABSOLAR tem atuado, reforçando que este é um mercado novo e promissor, com grande potencial de desenvolvimento.
Ana Carla Petti, Especialista em Regulação da Comerc Energia, abordou os modelos de comercialização, autoprodução e MMGD, enfatizando que 70% da potência instalada desses projetos é voltada o para autoconsumo local e remoto. Segundo ela, a segurança jurídica é um fator essencial para impulsionar o crescimento do mercado de energia renovável.
Douglas Ikejir, Gerente Comercial da Green Yellow, trouxe uma análise abrangente sobre o potencial dos estados brasileiros para a energia solar fotovoltaica. Ele destacou os principais custos dos projetos, com foco em etapas como desenvolvimento, terraplanagem e drenagem, aquisição de equipamentos, logística, instalação, demanda contratada e operação e manutenção.
Por fim, Rômulo de Melo, Diretor de Negócios da Huawei, apresentou soluções estratégicas voltadas para garantir o melhor retorno sobre o investimento, evidenciando a importância de otimizar os recursos no setor fotovoltaico.
O primeiro palestrante, Ricardo Barros, Vice-Presidente de Geração Centralizada, abordou o direito ao ressarcimento do constrained-off, previsto em lei e em decreto. Ele ressaltou que os estados mais impactados — Ceará (CE), Rio Grande do Norte (RN), Bahia (BA) e Piauí (PI) — desperdiçam cerca de 20% de sua energia e reforçou a importância de reclassificar os cortes de confiabilidade como indisponibilidade externa para viabilizar o ressarcimento.
Na sequência, Donato Filho, Diretor Geral da VoltRobotics, trouxe um exemplo prático sobre os cortes de geração no cotidiano, destacando o aumento expressivo dessas interrupções após o apagão ocorrido em agosto de 2023, o que intensificou as preocupações no setor.
Já Camila Alves, Sócia-Administradora Julião Advogados, apresentou uma análise jurídica sobre o constrained-off, oferecendo uma perspectiva legal sobre os desafios e soluções possíveis dentro do arcabouço regulatório.
Alécio Barreto, CEO da CarpeVie, trouxe uma abordagem técnica, evidenciando as dificuldades enfrentadas pelos agentes de conexão nas subestações. Ao final, ele propôs reflexões sobre o potencial das plantas de H2V e dos datacenters como alternativas para a alocação da geração.
Por fim, Marcos Godoy, Gerente de Operação da Celeo, encerrou com uma visão focada nos geradores, destacando pontos cruciais sobre as operações do setor e suas necessidades para otimizar o desempenho e garantir a segurança energética.
O primeiro palestrante, Samir Moura, Coordenador de Grupo de Trabalho de Armazenamento da ABSOLAR, ressaltou a importância do armazenamento de energia como peça central na transição energética e descarbonização. Ele comparou as baterias a um “canivete suíço” devido às suas diversas aplicações, destacando benefícios como redução de custos, geração de empregos, segurança do sistema elétrico e diminuição da dependência de hidrelétricas. Samir também pontuou a necessidade de avanços regulatórios no Brasil para viabilizar esses projetos.
Na sequência, Francisco Silva, Gerente Comercial e Aplicação Técnica no Grupo Moura, apresentou o conceito de hibridização entre usinas eólicas e fotovoltaicas, mostrando como o armazenamento de energia elétrica pode capturar excedentes de geração em horários de baixo consumo e deslocá-los para períodos de alta demanda, otimizando receitas. Ele as tecnologias voltadas para ajuste de frequência, deslocamento energético e gestão de carga.
Mariana Galhardo, Sócia Sênior da G2A Consultores, trouxe uma abordagem prática sobre o uso do armazenamento de energia para mitigar cortes de geração (curtailment) e otimizar contratos no setor solar. Ela alertou sobre os riscos da venda “à descoberta” e apresentou estudos que mostram incrementos de até 23% ao utilizar baterias. Mariana também destacou os avanços regulatórios, como a consulta pública sobre o agente armazenador, reforçando a importância do armazenamento para a transição energética.
Por sua vez, Denis Ribeiro Cola, Engenheiro Eletricista de Pré-vendas da SOLIS, destacou as aplicações do armazenamento de energia na geração distribuída, apresentando soluções como backup, autoconsumo e mitigação de perdas. Ele explicou como o armazenamento evita injeções na rede, otimiza a eficiência do sistema e complementa a demanda contratada, garantindo maior economia e estabilidade. Denis concluiu que o armazenamento é fundamental para assegurar resiliência e retorno sobre o investimento no setor solar.
Por fim, Rafael Moura, Gerente de Vendas Sênior da E-Storage, destacou o papel das baterias na segurança do sistema elétrico e na flexibilidade necessária para lidar com a intermitência das fontes renováveis. Ele apresentou desafios regulatórios e tributários no Brasil, mas trouxe exemplos globais, como o caso da Califórnia, que comprovam a maturidade e viabilidade das baterias. Rafael reforçou que os leilões de 2025 serão cruciais para impulsionar o mercado nacional, atraindo investimentos e desenvolvendo soluções sustentáveis no setor energético.
A moderadora, Maíra Zanduzzo, Vice-Coordenadora da FT ESG da ABSOLAR, destacou como a adoção de práticas sustentáveis, especialmente com a energia solar fotovoltaica, impactam positivamente o mercado. Ela ressaltou que empresas com ESG implementado possuem 25% mais chances de atrair investimentos e podem aumentar, em média, 10% sua valorização de mercado.
Já a coordenadora comercial da Solar PV, Luana Ortlieb, destacou como a energia solar se tornou uma aliada estratégica para empresas que buscam integrar práticas sustentáveis ao modelo de negócio, alinhando-se aos pilares ESG e promoção de benefícios ambientais.
Na sequência, Tatiana Marques, Diretora de Licenciamento Ambiental da Elera, apresentou a gestão socioambiental da usina solar de Janaúba. Tatiana abordou a gestão da biodiversidade, incluindo resgate de fauna e redução de supressão vegetal, que resultaram na mitigação de 87 mil toneladas de CO₂.
Adriana Martins, Vice-Presidente de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fundiário da LightSourceBP, trouxe uma abordagem inovadora ao falar sobre os sistemas agrivoltaicos, destacando a integração entre geração solar e atividades agrícolas. Ela explicou que projetos desse tipo exigem planejamento desde a concepção, com aplicações em pecuária, horticultura, estufas e até painéis verticais, evidenciando o potencial do conceito.
Por fim, William, Fundador da Célula Energia Parceiro da TW Solar, apresentou os avanços tecnológicos na produção de módulos fotovoltaicos. Ele destacou o processo de fabricação, desde o polisilício até as células, ressaltando inovações como a texturização das células e camadas de passivação, que aumentam a absorção de luz e a eficiência energética. William mencionou módulos que atingem até 725 watts de potência e 23,3% de eficiência, reforçando a importância dessas tecnologias para o setor.
Ana Martinez, Vice-Coordenadora do GT Logística e Tributação, mencionou a reforma tributária e o Pillar 2, uma iniciativa que busca ter uma tributação mínima global de 15% para grandes empresas multinacionais. Em meio a este cenário, Ana diz que o Brasil está atrasado, pois outros países já implementaram esta iniciativa. Segundo ela, o Qdmtt (Qualified Domestic Minimum Top-up Tax) é a tributação que a receita federal está se movimentado para implementar em 2025 e o Congresso Nacional tem o prazo de até março para implementar.
Arthur Almeida, Advogado Sênior da Lefosse, falou sobre a reforma tributária e as principais questões e impactos monitorados. Apontou que é necessário que seja realizada uma simplificação, uma única norma regulamentando os tributos e que a transição para este cenário terá várias etapas e não será célere.
Vinicius Suppion, Especialista Técnico-Regulatório, explicou sobre a PEC nº 45/2019, que trata da Reforma Tributária. Explicou que haverá a queda de muitos benefícios fiscais e apontou as mudanças significativas trazidas pela aprovação da Emenda Constitucional nº 132/2023, onde o ICMS, PIS, COFINS, ISS e IPI serão substituídos pelo IBS e CBS. Além disso, informou que a ABSOLAR encaminhou um ofício solicitando a inclusão ao texto de todas as modalidades de geração distribuída.
Pedro Mallman, Stakeholders South America da EDP, falou sobre a quantidade de ex-tarifários vigentes e abordou a necessidade de o país trabalhar o desenvolvimento da exportação e destacou a importância de reduzir custos de produção da energia solar, pois empresas de Data Centers virão para o Brasil se o nosso custo de energia for mais baixo.
Pedro Drummond, Coordenador Estadual de São Paulo da ABSOLAR, falou sobre o papel da certificação na competitividade e como melhorar equipes. Explicou a origem da certificação da ABSOLAR destacando sua importância para auxiliar as empresas do mercado a se profissionalizar, comentou que prevê o início de um período de estabilização das empresas e alerta para fazer a gestão de empresas de forma mais assertiva e frisou a melhoria da qualidade, mostrar solidez é um investimento em branding.
Marisa Plaza, Analista de Certificação da ABSOLAR, explicou sobre a certificação da ABSOLAR, que visa melhorar a qualidade do setor e tem característica de ser evolutivo e voluntário. Ela mencionou a origem da certificação, etapas, requisitos e os benefícios, entre eles: diferencial competitivo, melhoria contínua, solidez e confiabilidade.
Glauco Santos, diretor da Elgin Solar, abordou a experiência da Elgin, agregando valor ao mercado e à sociedade. Explicou sobre como diferenciar seu negócio por meio da capacitação e destacou que é necessário que o valor da empresa seja percebido pelo cliente: valores como clareza na comunicação, cumprimento de prazos, proposta de valor, qualidade de produto e serviço, atendimento eficiente.
Alexandra Susteras, Sócia-Diretora da Sun Mobi, discursou sobre a certificação da Sun Mobi, uma das primeiras empresas a falar de geração distribuída, possui concorrência forte e busca diferenciação através da certificação. Explicou que o processo ajuda a elevar o nível do mercado e traz credibilidade em meio a um número crescente de reclamações. Além disso, destacou a importância da padronização de registro no processo de certificado.
Carlos Freitas, Gerente Nacional de Vendas e Engenharia da Intelbras, falou sobre o segmento de sistemas off-grid, um mercado que transforma as vidas de consumidores em sistemas isolados, agronegócio, e que precisam de confiabilidade no fornecimento de energia.
Francisco Maiello, Especialista Transição Energética e Conselheiro Brasol falou do papel da energia solar na mudança de conceito do setor elétrico, incluindo o surgimento geração própria e a ampliação do Mercado Livre.
Rodrigo Pedroso, Engenheiro Civil – Chairman do Grupo Pacto, apresentou um case de projeto híbrido implementado pela Pacto Energia, composto por uma usina solar fotovoltaica e uma central geradora hidrelétrica.
André Ribeiro, Gerente de Operações da Power Safe, falou sobre os benefícios que o armazenamento pode trazer ao sistema elétrico brasileiro, as dificuldades de um mercado novo, e como a tecnologia alcançou sua viabilidade e maturidade.
Sasha Sampaio, Vice-Coordenadora do GT Financiamento da ABSOLAR e moderadora do painel, falou sobre os aprendizados adquiridos nas variações de cenários macroeconômicos nos últimos anos para projetos solares e o atual momento desafiador do setor.
Eduardo Tobias, Sócio-diretor da Watt Capital, falou sobre as mudanças na origem dos financiamentos dos projetos nos últimos anos, como a maturidade das debentures incentivada. A maturidade dos negócios permitiu um maior leque para a captação de recursos.
Teresa Turra, Gerente de Projetos Financeiros e Geração Energia do Banco do Brasil, falou sobre a importância das externalidades dos projetos como a geração de empregos diretos e indiretos durante a implementação, além de toda economia no entorno da usina. O Nordeste continua como líder na procura de financiamento para projetos solares.
Maurício Maciel, Analista de Inteligência de Mercado e Regulação da BNDES, falou nos números superlativos dos financiamentos de energia limpa pelo BNDES. Os produtos do BNDES são muito flexíveis e com ampla possibilidade de customização.
Igor Fonseca, Gestor de energia e projetos financeiros do Santander, chamou a atenção para a liquidez do mercado de capitais, com produtos incentivados, isto diminuiu o impacto dos valores elevados dos juros. Mesmo assim, o momento é preocupante.
Luciana Collet, editora do Broadcast Energia, iniciou sua apresentação falando sobre a cobertura da COP ao longo dos últimos anos. A partir de 2022, com a COP 27, no Egito, houve um crescente interesse no Brasil como protagonista na transição energética. Com a mudança de governo e a liderança do presidente Lula, essa expectativa se intensificou.
Daniel Sobrinho, Coordenador Estadual do Pará da ABSOLAR, expressou sua satisfação em participar do evento e compartilhou sua experiência na COP 27 no Egito. Ele destacou as dificuldades logísticas do estado do Pará, mencionando a vastidão do território e a dificuldade de acesso a algumas regiões. Sobrinho ressaltou o potencial da região Norte em energia solar, com cerca de 2,5 GW de potência instalada, e o apoio do governo estadual ao setor. Ele também abordou a necessidade de reduzir os impostos sobre baterias para viabilizar o armazenamento de energia, o que beneficiaria a economia verde e o acesso à energia em comunidades remotas. Sobrinho concluiu convidando o público a visitar Belém durante a COP 30.
Ricardo Baitello, Gerente de Projetos do IEMA, agradeceu o convite e destacou o crescimento do setor solar no Brasil. Ele também analisou as últimas COPs, destacando o Acordo de Paris e a meta de triplicar as energias renováveis até 2030, da COP 28. Baitello criticou a escolha do Azerbaijão como sede da COP 29, devido à sua dependência de combustíveis fósseis, e lamentou a falta de avanços significativos em relação ao financiamento climático para países em desenvolvimento.
Camila Hammes, Gerente de Projetos Litro de Luz, ressaltou a importância do acesso à energia, especialmente na região amazônica, onde mais de um milhão de pessoas ainda não possuem acesso à eletricidade. Ela mencionou a dependência da região de sistemas isolados movidos a diesel, o que é insustentável do ponto de vista ambiental e econômico. Hammes destacou a necessidade de investir na capacitação da mão de obra local para garantir a manutenção dos sistemas de energia solar e superar a resistência das comunidades ao uso de energias renováveis.
Por último, Graziella Albuquerque, Coordenadora de Relações Governamentais e Institucionais da Revolusolar, apresentou um panorama da pobreza energética no Brasil e no mundo, e como a energia solar pode contribuir para a transição energética justa e inclusiva. Ela destacou a participação da sociedade civil no G20, elogiando a postura do Brasil em promover um diálogo constante com organizações sociais e a aprovação por consenso de importantes medidas, como a publicação dos 10 princípios para uma transição energética justa. Graziella também mencionou a criação de coalisões globais, roteiros para financiamento e cocção limpa, e o lançamento da iniciativa “Cozinha Solidária Sustentável”.
Maurício Godoi, Subeditor do Canal Energia, iniciou o painel “Desafios da Transição Energética pela Perspectiva das Entidades e Agentes Setoriais”, abordando o hidrogênio verde como um vetor importante na descarbonização, especialmente para a indústria. Ele destacou a necessidade de políticas públicas que incentivem o uso do hidrogênio verde, além de subsídios para tornar a produção viável. Godoi mencionou a importância da criação de um “facility” para equilibrar a oferta e demanda de hidrogênio verde, e a necessidade de incentivos para o consumo interno. Ele finalizou defendendo a participação da ANP na regulamentação do setor.
Leandro Borgo, Presidente do conselho da Associação Brasileira de Hidrogênio Verde (ABHAV), apresentou a perspectiva da associação sobre os desafios e oportunidades da transição energética. Ele destacou a importância de integrar o hidrogênio verde na matriz energética, argumentando que sua produção exige o uso de energias renováveis, o que impulsiona a transição energética. Borgo propôs a criação de políticas públicas para incentivar o uso do hidrogênio verde em termelétricas existentes, a fim de aproveitar o excedente de energia renovável e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Sumara Ticom, Assessora Executiva da Diretoria de Planejamento Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), abordou os desafios da infraestrutura para a transição energética, com foco na transmissão de energia. Ela ressaltou a necessidade de investimentos em transmissão para acompanhar o crescimento da geração de energia renovável, mas ponderou que esses investimentos devem ser alinhados com o crescimento da demanda para evitar custos excessivos para os consumidores. Ticom também apontou a necessidade de adaptar a regulamentação para lidar com o aumento da geração distribuída, que impõe desafios à operação do sistema elétrico.
Cyro Furtado, Chefe de Controle Interno, Jurídico e Governança da Agência de Promoção de Investimentos e Comércio Exterior do Estado de São Paulo (InvestSP), apresentou as iniciativas da agência para fomentar a transição energética no estado. Ele destacou o programa de apoio aos municípios para a implantação de usinas fotovoltaicas, visando a geração de energia limpa e a redução de custos para os municípios.
Marina Sousa, Vice Coordenadora Grupo de Trabalho de Geração Distribuída da ABSOLAR, iniciou o painel abordando a mudança na estrutura de oferta e demanda de energia, com o consumidor ganhando mais poder de escolha. Ela destacou a transição do mercado cativo para um cenário com alternativas de consumo como a geração distribuída e o Mercado Livre. Marina enfatizou os desafios dessa mudança, incluindo a necessidade de adaptação institucional e regulatória, além da comunicação eficiente com o consumidor. Ela citou o problema da “inversão de fluxo”, que dificulta a conexão de projetos de geração distribuída à rede, argumentando que as distribuidoras têm usado esse argumento para negar conexões sem justificativas adequadas. Marina defendeu a busca por soluções regulatórias claras e efetivas para garantir o direito dos consumidores à geração distribuída.
Em seguida, Carlos Dornellas, Diretor Técnico-Regulatório da ABSOLAR, discutiu os desafios e oportunidades do setor de energia solar, incluindo a geração distribuída e o Mercado Livre. Ele celebrou o crescimento da energia solar na matriz elétrica brasileira, prevendo que ela se tornará a principal fonte de energia até 2040-2050. Dornellas apontou a necessidade de superar desafios como a “inversão de fluxo” e a definição de tarifas justas para a GD, além de defender a fiscalização das distribuidoras e a promoção de uma concorrência salutar no setor. Ele também destacou a importância do Mercado Livre de Energia, prevendo um aumento na participação da energia solar nesse mercado, tanto por meio de grandes usinas quanto pela geração distribuída. Dornellas concluiu enfatizando a importância de um portfólio diversificado para atender às necessidades do consumidor, que estará cada vez mais no centro das atenções.
Silvio Robusti, Gerente de Marketing de Produto da Growatt, trouxe uma reflexão sobre a importância de uma comunicação transparente e completa com o consumidor final. Ele argumentou que a divulgação de informações parciais ou distorcidas, como o foco apenas no aumento de impostos para a energia solar, pode gerar incertezas e prejudicar a tomada de decisão. Robusti defendeu a necessidade de apresentar aos consumidores todos os aspectos relevantes, incluindo os benefícios da energia solar, como a redução da conta de luz e o retorno do investimento a longo prazo.
Jean Tremura, Diretor Comercial da Go Solar, abordou a necessidade de os integradores adotarem uma visão disruptiva e focada na criação de valor para o consumidor. Ele argumentou que o modelo tradicional de venda de sistemas fotovoltaicos baseado apenas na economia na conta de luz está se tornando obsoleto. Tremura defendeu a busca por novas oportunidades de negócios, como o modelo “Energy as a Service” (EaaS), que oferece aos consumidores acesso à energia solar sem a necessidade de investimento inicial, além de serviços de monitoramento e manutenção.
Lívia Neves, Editora da PV Magazine, mencionou a presença da empresa em diversos países, incluindo o Brasil. Lívia destacou que os desafios e oportunidades do setor solar brasileiro também são vivenciados em outros países. Em seguida, ela apresentou quatro temas relevantes para o debate: restrição de rede, conceito de “powershore” (atração de grandes consumidores para locais com energia renovável barata), solar integrada e a queda nos preços dos módulos solares.
Ana Carolina Guimarães, sócia da TSE Consulting, apresentou dados sobre o crescimento do setor de energia renovável, superando as expectativas iniciais. Ela destacou a China como líder no desenvolvimento de energia renovável e o papel fundamental da energia solar nesse crescimento. Ana Carolina também apontou os desafios enfrentados, como a dificuldade de conexão à rede, e a necessidade de investimentos em tecnologia para aumentar a eficiência. Ela abordou os desafios específicos dos mercados emergentes, como o alto custo de financiamento, e a importância de mitigar riscos para atrair investimentos. A palestrante finalizou destacando o potencial dos “green bonds” para financiar projetos renováveis em mercados emergentes.
Maria Antônia Gouveia, Key Account Manager do Pacto Global da ONU, apresentou a iniciativa da ONU para promover a sustentabilidade no setor privado. Ela destacou os 10 princípios do Pacto Global, baseados em direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção, e sua relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Maria Antônia enfatizou a importância da plataforma de ação do Pacto Global, que oferece espaços de diálogo e compartilhamento de boas práticas, e o programa Ambição 2030, que incentiva empresas a assumirem compromissos públicos com a sustentabilidade.
Por fim, Luzer Oliveira, Diretor de energia Solar da Connectoway, e Coordenador Estadual de Pernambuco da ABSOLAR, discutiu a importância da “vocação” na história da energia e o papel do Brasil como protagonista na transição energética. Ele traçou um panorama histórico da energia, desde o carvão até as energias renováveis, mostrando como a energia sempre esteve ligada a impactos econômicos e geopolíticos.