O evento aconteceu entre os dias 5 e 6 de dezembro de 2023, em São Paulo (SP), e finalizou a série de encontros da ABSOLAR de 2023. As principais lideranças do setor solar se reuniram no Centro de Convenções Rebouças, para trocar conhecimentos sobre o futuro da transição energética sustentável no País.
Na cerimônia de abertura do Encontro Nacional, Ronaldo Koloszuk, Presidente da ABSOLAR, iniciou destacando o significativo evento de 10 anos da ABSOLAR em meio a um ano desafiador para o setor solar fotovoltaico. Ele refletiu sobre os crescentes ataques que o setor tem enfrentado, como ex-tarifários e inversão de fluxo de potência e destacou também o rápido crescimento da energia solar no Brasil e no mundo em paralelo a estes entraves.
Marcio Trannin, Vice-Presidente do Conselho Administrativo da ABSOLAR, enfatizou a maturidade alcançada pela associação para enfrentar desafios e promover a união no setor elétrico. Trannin também alertou sobre o Projeto de Lei da energia eólica offshore, que incorpora incentivos para gás e carvão de forma questionável.
Rodrigo Sauaia, CEO da Associação, apresentou as projeções da ABSOLAR para 2024, mencionando que as projeções governamentais para a energia solar fotovoltaica tendem a ser subestimadas. Até o momento em 2023, 9,5 GW em novos empreendimentos de energia solar foram adicionados, totalizando 35 GW acumulados. Para 2024, a ABSOLAR projeta a adição de mais 9,3 GW, alcançando um total de 45,6 GW até o final do ano, sendo necessário desenvolver uma nova metodologia para considerar os diversos fatores que influenciam o setor.
Na sessão sobre oportunidades da transição energética e novas tecnologias para o setor solar, Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, apresentou pontos relevantes que marcam o cenário para 2024 no âmbito macroeconômico, político e setorial. Para Sauaia, os problemas de inversão de fluxo de potência, ex-tarifários e pleitos de desabastecimento serão os principais desafios.
Rodrigo Almeida, Sócio e Consultor Sênior em Relações Governamentais da BMJ, falou sobre as oportunidades para o Brasil nas participações internacionais do G20 e Mercosul. Almeida também fez uma análise do cenário político brasileiro, falou sobre os riscos de déficit fiscal e reforma tributária, aliados ao processo eleitoral do segundo semestre de 2024. Além disso, comentou sobre legislações que estão ou foram discutidas recentemente como o Projeto de Lei (PL) das offshores e seus jabutis. Por fim, comentou sobre o cenário da transição energética e do mercado de carbono.
Vinicius Nunes, Analista de Climate Solutions da BloombergNEF, apresentou o cenário da transição energética, ressaltando que a energia solar é o carro chefe no investimento em energia elétrica. Ele trouxe também a previsão de crescimento do uso dessa fonte renovável, de sistemas de armazenamento, além do uso de veículos elétricos e hidrogênio.
Hailton Madureira, Secretário Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, trouxe os pontos da Lei 14.620/23, que trata do uso de energia solar no programa Minha Casa Minha Vida, em que os projetos podem ser locais ou remotos, de acordo com o tipo de cada um. Ele também apresentou os tipos de modalidade do programa, que pretende aumentar os recursos para as fontes renováveis no programa para 2025.
Donato Filho, Managing Director da Volt Robotics, apresentou o estudo de custos e benefícios da geração distribuída (GD) e ressaltou os pontos onde os custos sistêmicos diminuíram ou aumentaram pelo uso da GD, que chegou ao valor de 403 R$/MWh de benefício ao sistema elétrico brasileiro.
Na ‘’Sessão 1B: Energia solar e sociedade – cases de sucesso e oportunidades’’, Eduardo Ávila, Vice Coordenador da Força-Tarefa (FT) Social da ABSOLAR, abordou o objetivo da FT de combater a pobreza energética, destacando que a luz e gás consomem mais da metade da renda de 46% dos brasileiros. Em meio às mudanças climáticas, ressaltou a crescente importância da independência energética.
Waldemar Neto, Supervisor da Engenharia de Aplicação da Intelbras, apresentou o programa “Mais Luz para a Amazônia” e destacou a atuação da empresa, que atendeu 3768 unidades entre 2022 e 2023. Segundo ele, os desafios enfrentados no ano de 2023 incluem logística complicada, emissão de licenças, gestão social com a comunidade local e serviços de O&M.
Graziela Albuquerque, Coordenadora de Relações Institucionais e Governamentais da Revolusolar, discutiu sobre os projetos pilotos de Geração Distribuída de Interesse Social (GDIS), que são baseados na compreensão da energia como um vetor de desenvolvimento urbano. Ela demonstrou a metodologia ciclo solar, abordando energia sustentável, educação, cultura e formação profissional.
Já Allan Pimentel, Coordenador de Operações e Tecnologia do Litro de Luz, abordou a atuação da ONG e a necessidade de democratizar o acesso à energia solar, destacando a vasta experiência do Litro na instalação de postes solares, lampiões solares e soluções internas fixas.
Zilda Costa, Diretora de Desenvolvimento de Negócios de Armazenamento da UCB, apresentou projetos de minirredes com armazenamento de energia solar, com destaque para a importância de dimensionar os sistemas considerando os desejos de consumo das pessoas após o acesso à energia elétrica. Ela também mencionou que as baterias também estão sendo levadas para favelas urbanas com precariedade no abastecimento (projeto UCB + Revolusolar).
Na Sessão 2A, sobre o futuro da energia solar FV no Brasil na visão de líderes do mercado, Fabio Bortoluzo, Gerente Geral para o Brasil da Atlas Renewable Energy, apresentou a empresa e comentou que vê como oportunidade comercial um ambiente livre de contratação maduro, pois os compradores estão entendendo os riscos de projetos fotovoltaicos. Outra oportunidade que ele enxerga para o setor é o custo de painéis que reduziu, o que aumenta a competitividade para os próximos projetos, e ressalta também sobre as baterias. Segundo Fábio, o futuro da GD é a junção de energia solar com os sistemas de armazenamento de energia. Por fim, ele enfatizou a necessidade de entender como a Reforma Tributária afeta o setor e os investimentos.
Harry Schmelzer Neto, Diretor de Solar & Buiding da WEG, apontou os inversores como um dos principais desafios no setor solar, mencionando a questão da garantia no Brasil ser de 10 anos, enquanto mundialmente é de cinco anos. Ele previu baixa na geração centralizada (GC) devido ao alto volume de chuvas e identificou erros comuns na construção de usinas solares. Harry destacou o autoconsumo remoto de mercado livre como um cenário promissor.
Iasmym Jorge, Head de Negócios do Meu Financiamento Solar, resumiu o cenário de 2023, apontando uma queda de 60% na aprovação de financiamentos no segundo semestre em comparação com o primeiro trimestre de 2022. Ela mencionou desafios no crédito devido a altas taxas de financiamento e destacou as ações do Meu Financiamento Solar para oferecer melhores condições aos clientes qualificados.
Bruno Catta Preta, Diretor de Relações Institucionais da Genyx, enfatizou a importância da certificação da ABSOLAR e investimentos em qualificação para um planejamento mais eficiente. Ele destacou os desafios em Minas Gerais devido à inversão de fluxo, mas vislumbra oportunidades para superar essa questão. O Estado de Minas Gerais é o que mais sofre com a os problemas de inversão de fluxo, já são 873 protocolos oficializados. No entanto, ele diz que vê muitas oportunidades para resolver essa questão e expandir o setor.
Na Sessão 2B, os participantes debateram sobre como a solar pode contribuir com o meio ambiente e a sustentabilidade. Sandro Ramos, Coordenador da FT ESG, destacou os sólidos benefícios socioeconômicos e ambientais da energia solar fotovoltaica enfatizando a importância dos critérios da Governança Ambiental, Social e Corporativa, da sigla em inglês (ESG), na disseminação das melhores práticas nos projetos solares.
Robson Fumagalli, Gerente de Meio Ambiente da Pampa Sol Energia, discursou sobre os processos de licenciamento ambiental na implantação de empreendimentos solares fotovoltaicos em níveis federal, estadual e municipal, destacando a importância da proximidade com órgãos ambientais.
Eduardo Berriel, CEO da Volters, compartilhou sua experiência de viajar em um carro elétrico de Porto Alegre até São Paulo, destacando os desafios e benefícios da jornada, que incluiu 26 horas de viagem e 6 recargas até chegar à capital paulista.
Silla Mota, participante do Pacto Global da ONU, abordou o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), criado em 2000 para auxiliar no cumprimento da agenda 2030. Ela destacou que até 2026 as empresas de capital aberto têm a opção de escolher práticas ESG, tornando-se obrigatória após essa data. Silla ressaltou a importância do inventário detalhado de emissões de cada processo produtivo.
Na ‘’Sessão 3A: Como criar oportunidades para atender a demanda”, Marcio Takata, Diretor da Greener, apresentou números de usinas em geração compartilhada em implantação. Estima-se, para os próximos anos, R$ 10 bilhões em investimentos na modalidade. Levantamentos da Greener mostram que a GD Remota poderá crescer até 7 GW nos próximos anos.
Christian Cecchini, Especialista Técnico Regulatório da ABSOLAR, apresentou oportunidades de negócios em GD com a abertura do mercado, abrangendo consultorias, projetos, instalação, vendas e logística. Ele também destacou que o Ambiente de Contratação Livre não prejudicará o crescimento da GD.
Marina Santana de Souza, Advogada da Dias Carneiro Advogados, discutiu os desafios para os consumidores com a abertura do Ambiente de Contratação Livre (ACL), como a dificuldade de analisar o perfil de demanda. Por fim, ela ressaltou a oportunidade de crescimento da geração compartilhada como uma transição mais gerenciável do que a migração para o ACL.
Lucas Mottin Corbellini, Diretor de Energia da Lemon Energia, enfatizou a importância da análise de viabilidade para os projetos enquadrados como geração distribuída II (GD II). Ele destacou a necessidade de buscar isenções tributárias e melhores taxas de financiamento, considerando que a Taxa Interna de Retorno (TIR) deve girar em torno de 19% para viabilidade, o que pode ser prejudicial ao setor.
Nelson Falcão, Vice-Presidente de Cadeia Produtiva da ABSOLAR, moderou a “Sessão 3B: Fornecimento competitivo de equipamentos ao mercado” que destacou as tecnologias mais recentes dos módulos fotovoltaicos, a industrialização de kits geradores e inversores híbridos e regulamentações para sua utilização.
Mauro Filho, CEO do Elétron Seguro Solar, comentou sobre a forte dependência dos custos dos equipamentos nos seguros, abordando que a cobertura inicia no desembarque da carga no local de instalação. Ele mencionou uma média de 10 sinistros por dia, incluindo cobertura contra roubo e furto qualificado, totalizando mais de 14 milhões em sinistros já cobertos.
Daniel Pansarella, Country Manager Brazil da Trina Solar, discutiu questões relacionadas à classificação fiscal e industrialização de kits geradores, créditos fiscais e ex-tarifários. Ele mencionou esforços junto à Câmara de Comércio Exterior (Camex) para evitar a revogação de ex-tarifários de módulos cruciais para o setor, conseguindo evitar uma revogação em massa até o momento. Pansarella informou sobre a expectativa de estabelecer uma cota de importação por meio de ex-tarifários até meados de 2024, devido ao desabastecimento, e destacou restrições nos Estados para o aproveitamento de créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Eduard Krummenauer, Country Manager da DAS Solar, abordou a tecnologia mais promissora para o mercado de módulos fotovoltaicos, a N-type, destacando que a produção deste módulo pode enfrentar desafios no Brasil, apesar do ganho de eficiência de cerca de 4,4%. Ele mencionou que o setor brasileiro de fabricação de estruturas está mais consolidado.
Marcel Coelho , Gerente de Produtos da Nansen Solar, tratou dos inversores híbridos, indicando que a regulamentação da Portaria 140/2022 considera e regula sua utilização. A Lei 14.300/2022 oferece oportunidades para a aplicação de inversores híbridos, evitando custos de uso da rede. Coelho destacou a redução de custos e o aumento da densidade de energia das baterias, afirmando que o sistema híbrido pode prevenir a reprovação da conexão pelas concessionárias devido à inversão de fluxo.
Marcio Trannin, Vice-Presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, iniciou a “Sessão 4A: Modelos de negócios para impulsionar as grandes usinas solares’’ falando sobre o crescimento da energia solar no Brasil, e apontou que o País tem potencial para crescer muito mais. Ele também mencionou os desafios gerados após o apagão e a importância de um planejamento eficiente na transmissão, com foco na questão do constrained-off e a necessidade de calcular corretamente os atributos para impulsionar a expansão do setor e superar o problema da geração centralizada.
Camila Alves, Sócia do escritório Julião Coelho Advocacia, explicou o fenômeno do constrained-off, destacando seu aumento significativo, especialmente entre julho e agosto de 2023, e enfatizou a Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) n° 1073/2023, que altera a Resolução Normativa Aneel n° 1.030/2022, que estabelece, dentre outros, os procedimentos e critérios para apuração e pagamento de restrição de operação por constrained-off. Por fim, ela ressaltou que apenas eventos classificados como indisponibilidade externa serão passíveis de reembolso, com uma compensação prática de 0%.
Luiz Eduardo, Country Manager da TW Solar, apresentou a atuação abrangente da empresa em todos os processos de produção de energia solar, desde mineração até a produção de wafers e módulos. Ele discutiu novas tecnologias no mercado, destacando a N-type com hétero-junção – 210 mm output 740W.
Carolyne Dias, Gerente da Voltalia, abordou a abertura do mercado livre e previu um potencial aumento na eficiência setorial com a intensificação da concorrência. Ela mencionou que a partir de janeiro de 2024, haverá produtos individualizados para cada tipo de consumidor, destacando a expectativa para o ano e a necessidade de regulamentação para o grande varejo.
Pedro Drumond, Coordenador Estadual da ABSOLAR em São Paulo, abriu a Sessão 4B sobre como diferenciar os negócios por meio de capacitação e certificação com informações sobre como o programa de certificação da ABSOLAR auxilia no treinamento e adequação de processos das empresas.
Glauco Santos, Diretor de Energia Solar da Elgin, realizou uma coleta de feedbacks junto a diversos elos do setor, ressaltando que a satisfação do cliente está relacionada a benefícios, experiências, percepção de valor e lembranças positivas.
Adailton Pereira da Silva, Sócio da Projeto Energia, abordou boas práticas de mercado, enfatizando a importância de cumprir o que foi prometido na prestação de serviços. Destacou a necessidade de uma cultura organizacional sólida e padrões de qualidade na execução.
Eduardo Henrique Maia, Diretor da Empower Engenharia e Consultoria, ressaltou a importância da instalação adequada dos equipamentos e alertou sobre o foco excessivo no valor do investimento em detrimento da performance do sistema, o que pode gerar insatisfação nos clientes.
Hilcer dos Santos Caldi, Country Manager da Seyses Brasil, destacou exemplos em que a tecnologia beneficia a instalação de sistemas fotovoltaicos, abordando sensores de fadiga para veículos, sinalização visual e sonora, dispositivos mecanizados para lançamento de cabos, sistema de avaliação de riscos ergonômicos com inteligência artificial e detecção de tensão em ambientes.
Camila Ramos, Vice-Presidente de Investimentos e Hidrogênio Verde da ABSOLAR, abriu a “Sessão 5A: H2V e energia solar – sinergias e desafios comentou o cenário para o H2V”, com uma mesa redonda apresentando a atuação do Pacto pelo Hidrogênio Verde (H2V) para o País. Ela iniciou destacando potenciais e tamanhos de projetos, e ressaltou a atuação do Pacto pelo Hidrogênio Verde. Ela também mencionou que a capacidade instalada do Brasil pode mais que dobrar para atender aos projetos levantados.
Luis Viga, Country Manager da Fortescue Future Industries, enfatizou a indústria de renováveis no Brasil como potencial gerador de negócios, tanto internos quanto para exportação. Ele destacou o impacto positivo em empregos e investimentos, prevendo um crescimento da indústria de energia maior que o Produto Interno Bruto (PIB). Luis também ressaltou a importância dos incentivos para a nova cadeia de produção de energias renováveis.
Marcel Haratz, CEO da Comerc Eficiência, abordou a necessidade de descarbonização nos transportes, destacando os diferentes meios, como ferrovias, aviação, transporte marítimo, e veículos pesados e leves.
Rodrigo Santana, Diretor de Operações para América Latina da Atlas Agro, falou sobre a emergência climática e a busca por produtos com emissão zero, destacando a produção de insumos próprios para atingir objetivos de zero emissões. Ele ressaltou os desafios na importação e a necessidade de produção local de insumos agrícolas.
O painel explorou oportunidades na neoindustrialização e exportação de produtos verdes de alto valor agregado. Se o Brasil representar 4% do mercado global de H2V, poderá gerar superávit de R$ 7 trilhões até 2050, com uma arrecadação de R$ 700 bilhões. Destacou-se a importância de não perder essa oportunidade, com um subsídio estimado em R$ 5 bilhões ao ano por 20 anos, que resultará em mais de 10 vezes em retorno.
Raphael Roque, Coordenador do Grupo de Trabalho de Financiamento da ABSOLAR, abriu a sessão abordando as ações do Grupo de Trabalho (GT) Financiamento em 2023. Além disso, ele delineou metas para 2024, enfatizando a importância de desbloquear o Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi) e estabelecer contato com bancos financiadores para obter créditos para a tecnologia solar.
João Amadeus, Advogado da Unidade Tributária do Martorelli Advogados, destacou as condições para a minigeração distribuída se enquadrar no Reidi, mencionando a Lei nº 14.300/2022 como uma oportunidade. Sobre debêntures incentivadas, alertou para a complexidade na estruturação de projetos, ressaltando casos judiciais em andamento e a necessidade de cautela nas exigências ao Judiciário.
André Contani, Sócio da Watt Capital, enfatizou que fundos constitucionais, como o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), são ferramentas valiosas para o financiamento de projetos renováveis, apesar das taxas de juros que subiram em 2023, mas estão agora em declínio, gerando expectativas positivas para o setor.
Paulo Resende, Analista Sênior da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), reforçou a importância da tecnologia na redução de custos futuros e destacou que a Finep oferece créditos a pequenas empresas para projetos de inovação.
Renato Ribeiro, Vice Coordenador do Grupo de Trabalho de Armazenamento, iniciou a “Sessão 6A: Armazenamento de energia elétrica – o ‘canivete suíço’ do setor elétrico” destacando os tipos de uso dos sistemas de armazenamento eletroquímico e as metas a serem vencidas para que esse recurso passe a ser amplamente utilizado.
Francisco Silva, Gerente da Engenharia de Aplicação do Acumuladores Moura, mencionou os produtos da empresa, como baterias de chumbo e lítio, além de discutir sistemas isolados híbridos, apresentando projetos na região norte que beneficiaram 30 mil consumidores. Destacou os impactos econômicos, como a redução de 6,7 milhões de litros de diesel e 18 mil toneladas de emissões de gás carbônico (CO2).
Ricardo Estefano, Chefe de Sistemas de Armazenamento de Energia em Baterias da WEG, abordou as perspectivas do mercado, apontando a queda nos preços das baterias de lítio. Enfatizou a flexibilidade do BESS, destacando o domínio técnico do Brasil e prevendo um crescimento de mais de 90% ao ano até 2027. Apresentou aplicações como deslocamento de ponta e controle de despacho.
Roberto Valer, Diretor de Soluções – PV & BESS Utility Scale da Huawei, apresentou a empresa, destacando sua trajetória, projetos e produtos. Abordou os benefícios do BESS residencial na redução da intermitência do fornecimento de energia, mencionando o uso de Inteligência Artificial (IA) na detecção de falhas. Ressaltou a importância da qualificação dos profissionais na cadeia de armazenamento de energia.
Guilherme Susteras, Conselheiro da ABSOLAR, abriu a “Sessão 6B: A versatilidade das aplicações solares e seus cases de sucesso” apresentando as oportunidades em todas as modalidades de GD, como a geração junto à carga, o autoconsumo remoto, as EMUCs e a geração compartilhada. Além disso, ele reforçou que práticas como o aluguel de usinas poderá ser uma boa oportunidade para quem não possui espaço para ter sua GD. Essa modalidade também tende a crescer e precisa de atenção das autoridades, pois é uma tecnologia de descarbonização desse setor.
Gustavo Moraes, CEO e Fundador da SFX Solar, destacou oportunidades para o próximo ano, incluindo a energia solar por assinatura e outras modalidades emergentes. Ele também enfatizou o potencial do Brasil para liderar o setor de Hidrogênio Verde, especialmente para veículos pesados.
Ramon Gomes, Diretor Regional da Valmont Solar, destacou a importância de proteger os materiais para estruturas de módulos fotovoltaicos contra corrosão conforme normas como a ISO 1461. Salientou que a preservação desses materiais pode aumentar a vida útil do sistema como um todo.
Siqueira de Moraes Neto, CEO da PV Operation, revisitou as atividades de operação e manutenção de uma usina solar, abrangendo a gestão de ativos, serviços de engenharia, operação e garantias. Destacou fases como comissionamento, inspeção de qualidade, monitoramento do sistema e documentação, ressaltando a importância de sistemas supervisórios como o Sistema de Supervisão e Aquisição de Dados, da sigla em inglês (Scada), telemetria e relatórios de desempenho.